quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Múltiplas pessoas, histórias e busca por direitos: essa luta é de todxs


Paloma Teixeira
O II Festival Anual de Múltiplas Sexualidades deste ano chegou ao fim. O evento, que durou três dias chegou repleto de debates intensos e regados a muita descontração e interação. Segundo a professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e idealizadora do evento, Kiki Givigi, “o Festival busca pensar além diversidades”.
A discussão inicial sobre a criação do evento aconteceu dentro do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação, o Núcleo Capitu, coordenado por Givigi. A meta principal era unir as potencialidades que a Universidade oferecia em diversos campos: arte, cinema, educação... Agregar esses aspectos e trazer à UFRB um festival múltiplo, feito por e para pessoas múltiplas.
Levar a diante um projeto como esse não é simples, a idealizadora frisa que é preciso comprometimento e apoio. Segundo ela, em sua primeira edição o festival contou com o público maior, “era uma novidade, esse ano percebemos que só continuam os fortes”, afirma. A edição passada pretendia desenvolver ações em escolas públicas com professores, mas só foi possível concluir a metade do planejado. Nessa segunda edição, as ações não aconteceram. “Não tivemos forças políticas para realizar as ações do primeiro Múltiplas”, relata Givigi.
O evento no CAHL
Iniciando os trabalhos com uma oficina de teatro, o Festival, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) foi descontraído e cheio de histórias. Os atores feirenses, Lion Guimarães, Sérgio Porto e Revison Costa, deixaram o clima mais relaxado.
Trazendo curtas de alunos e professores do CAHL, o Cine Diversidade deu início aos debates. Para um dos diretores, Ronne Portela, “é importante expor pessoas, momentos e situações que estão na invisibilidade”. Outra exibição que prendeu a atenção do público foi o média, “Jéssica Christopherry”, de Rodrigo Luna. O documentário apresenta a história de uma mulher que sempre foi apaixonada pelo trabalho desenvolvido pelos transformistas e resolve sentir na pele como é ser transformista por uma noite.
O Babado Acadêmico 4 contou com a presença de Diogo de Oliveira, do Coletivo Aquenda!, Camila Carmo, do Núcleo Capitu e Anna Luísa Santos, da Rede LGBT de memória e museologia social. Os núcleos se sustentam por conta de uma produção coletiva e através do debate político. O Babado Acadêmico 5 trouxe como palestrantes Jamil Cabral Sierra (Universidade Federal do Paraná) e Júlio César Sanches (Universidade Federal Fluminense ), que falaram sobre movimentos sociais e a política Queer. A programação cultural ficou a cargo dos DJs que agitaram a “Festa Universo Diverso II”.

Na ocasião foram lançados três livros:
Grupo de Pesquisa Cultura e Sexualidade, Org.: Leandro Colling e Djalma Thürler.
Stonewall 40 + o que no Brasil?, Org.: Leandro Colling. Disponível para download no site: http://politicasdocus.com/index.php/component/booklibrary/621/showCategory/53/Livros
Recôncavo sai do armário – Universidade, gênero e sexualidade, Org.: Ana Cristina Givigi e Priscila Gomes Dornelas.

Serviço
A Rede LGBT de memória e museologia social possui a revista: Memória LGBT, que é colaborativa e bimestral. Sua terceira edição sai em Janeiro de 2014. Mais informações pelo site: http://www.memorialgbt.com/.


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